Pantaneiro

Nome da Raça
Pantaneiro
Altura na Cernelha
Média de 1,60 m
Temperamento
Bom temperamento
Introdução
Origem
O cavalo Pantaneiro tem origem em cavalos oriundos de expedições de exploração do interior do Brasil, que se organizaram desde o século XVI, levando cavalos de nativos da Península Ibérica além do Crioulo. Também recebem outras denominações, conforme a região do Mato Grosso onde vivem, em que são chamados de Mimoseano (oriundos dos campos de capim-mimoso, no município Barão de Melgaço), Poconeano (oriundos do município de Poconé).
Esses animais das expedições encontraram liberdade do Pantanal mato-grossense condições inóspitas de excesso de umidade, mas com pastagem em abundância para sua proliferação e seleção natural, alternância de clima seco para úmido, o que lhe confere características peculiares como alta resistência dos cascos à umidade e uma grande capacidade de capturar alimentos oriundos de pastagens submersas, condição comum na maior parte do Pantanal.
No final do século XIX e início do século XX, ocorreram infusões de sangue Árabe, Anglo-árabe e Puro-sangue Inglês para a formação do cavalo atual buscando elevar o porte e melhorar sua conformação. Essa mistura, porém, nem sempre deu certo, pois, ao mesmo tempo em elevava o porte do cavalo, piorava sua rusticidade, conseguida através de séculos de seleção natural.
Os primeiros criadores foram os índios cavaleiros Guaicurus que chegaram a ter mais de 20.000 animais domesticados em seu rebanho e foram os responsáveis pela sua proliferação por toda a região do Pantanal mato-grossense.
A Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Pantaneiro foi fundada em 1972, em Poconé (MT), e busca a preservação desta raça cuja seleção natural deve ser muito bem respeitada. Existem hoje 3.000 animais registrados na associação, que conta ainda com 120 criadores e 80 proprietários do cavalo Pantaneiro, espalhados pelos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além da Bolívia.
É um cavalo muito utilizado na lida diária com o gado e em provas de resistência, maneabilidade e velocidade, além de cavalgadas pelo Pantanal.
País de origem
Brasil
Características gerais
Aspectos raciais
Cabeça proporcionada, geralmente pequena de perfil reto ou pouco convexo; orelhas pequenas ou médias; olhos regulares, vivos; boca bem rasgada, ventas abertas. Pescoço médio, forte sem excesso.
Corpo um pouco comprido, musculoso, porém com uma boa cernelha (musculosa, alta e longa), dorso e lombo direitos e fortes (às vezes enselado), garupa inclinada, forte e de cauda baixa, curta, tanto de crinas como de sabugo. Bom tórax e membros altos, com paleta e antebraços longos, com bons aprumos e bons cascos, pequenos. Os jarretes são um pouco fechados.
Pelagem
A pelagem dominante é a tordilha, seguindo-se pela ordem a Baia, Pedrês, Castanha, Alazã e Rosilha e outras menos frequentes. Por consequência 80% dos animais possuem cores claras.
Aptidões
O pantaneiro é um cavalo de lida com o gado (Campeiro), como o Crioulo e Quarter Horse. Ágil, veloz, de boa boca, bom temperamento, acostumado com a uma região de variações extremas de temperatura e umidade pela seleção natural, dificilmente encontrará competidor nessa área, e provavelmente poderá abastecer de cavalo de campo os Estados limítrofes, se lhe dedicar maior atenção.
Comportamento e cuidados
Vacinação e vermifugação
As vacinas previnem e/ou minimizam a ação de agentes que possam vir a causar doenças e gerar grandes perdas econômicas. Todos os equinos de uma mesma propriedade devem ser vacinados com o mesmo programa de vacinação. Os programas variam de acordo com a região em que o animal vive ou para qual será transportado.
As vacinas mais utilizadas em equinocultura são a contra influenza, tétano e encefalomielite equina. Em casos de propriedades com problemas de aborto equino a vírus, as éguas prenhas devem receber reforço adicional no 5º, 7º e 9º meses de gestação. Nos equinos os endoparasitas podem causar cólicas, anemias, diarréias, constipações e retardos no crescimento.
Programas de vermifugação devem ser implantados de acordo com o número de animais, extensão da propriedade, sendo importante a alternância do princípio ativo para evitar resistência parasitária e atingir todos os tipos de vermes.
Manejo
Alimentar
O alimento natural dos equinos são os volumosos. Os volumosos são ricos em fibras como as pastagens e as forragens que suprem parcialmente as necessidades nutricionais dos equinos.
Devido às maiores exigências decorrentes do esporte, concentrados enérgicos e/ou protéicos (rações, grãos), foram adicionados à dieta como complemento do volumoso, com quantidade oferecida de acordo com a categoria do animal. O aumento de consumo de concentrados pode causar diversas enfermidades graves como miopatia de esforço, laminite ou cólicas.
Adotar uma periodicidade do horário de alimentar os equinos, evitando longos períodos em jejum. Devidos as perdas constantes de minerais, a suplementação com sal é importante para evitar deficiências.
Casqueamento e ferrageamento
Os cascos de um cavalo devem ser limpos diariamente, principalmente antes do exercício. Um bom casqueamento e ferrageamento nos cascos dos equinos, previne o aparecimento de afecções no aparelho locomotor e oferece proteção do casco dos impactos com o solo, respectivamente.
Confinamento
Água limpa, fresca e a vontade deve estar sempre ao alcance do animal. Manter cavalos em baias é antinatural. Um cavalo chega a se deslocar por dia a distância de 9 a 12 quilômetros. Oferecer baias grandes com ventilação adequada, boa cama, cochos e bebedouros com altura adequada são fundamentais.
Odontológico
As alterações dentárias influenciam na mastigação e digestão dos alimentos, causando menor aproveitamento dos nutrientes, perda de peso, queda de desempenho e problemas no trato gastrointestinal. Os cavalos devem passar por manejo odontológico com um médico veterinário capacitado a cada 6 meses.
Vacinação e vermifugação
As vacinas previnem e/ou minimizam a ação de agentes que possam vir a causar doenças e gerar grandes perdas econômicas. Todos os equinos de uma mesma propriedade devem ser vacinados com o mesmo programa de vacinação. Os programas variam de acordo com a região em que o animal vive ou para qual será transportado.
As vacinas mais utilizadas em equinocultura são a contra influenza, tétano e encefalomielite equina. Em casos de propriedades com problemas de aborto equino a vírus, as éguas prenhas devem receber reforço adicional no 5º, 7º e 9º meses de gestação. Nos equinos os endoparasitas podem causar cólicas, anemias, diarréias, constipações e retardos no crescimento.
Programas de vermifugação devem ser implantados de acordo com o número de animais, extensão da propriedade, sendo importante a alternância do princípio ativo para evitar resistência parasitária e atingir todos os tipos de vermes.
Referências bibliográficas
CINTRA, A. G. de C. O Cavalo: Características, Manejo e Alimentação. Editora ROCA. 2014.
TORRES, A. P.; JARDIM, W.R. Criação do cavalo e de outros eqüinos. Livraria Nobel. 1987.
Imagem disponível em: http://www.abccp.com.br/crbst_2.html