Relatório de Evidência Clínica - Sinopse do estudo de sódio

Empresa

Hill's

Data de Publicação

20/10/2016

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Sinopse do estudo de sódio

Kirk, CA. Sal na dieta e FLUTD: Risco ou Benefício? 20th Annual ACVIM Forum, American College of Veterinary Internal Medicine, Dallas, TX, 2002.

Estudos anteriores demonstraram redução na ocorrência de doenças do trato urinário inferior (FLUTD) quando os gatos apresentam aumento da ingestão de água. Os fabricantes de pet foods e os veterinários têm utilizado a suplementação de sal na dieta (sódio) para aumentar a ingestão de água dos gatos com FLUTD. Estudos de curto prazo demonstraram que altos teores de sódio aumentam significantemente a ingestão de água, a diurese e a diluição da urina, diminuindo assim o risco de desenvolvimento de urólitos. No entanto, a alta ingestão de sódio é considerada um risco à saúde tanto para humanos quanto para animais. Os riscos associados à alta ingestão de sódio crônica incluem hipertensão com danos aos órgãos, formação de cálculos de oxalato e osteoporose.

Esse estudo avaliou a segurança da suplementação de sódio em gatos normais e em gatos com alto risco de hipertensão. Duas concentrações de sódio na dieta (0,35% e 1,1% de sódio, como administrado) foram comparadas em gatos saudáveis, obesos ou idosos e em gatos com com doença renal pré-existente (total de 36 gatos). Os gatos foram alimentados com dietas com alto ou baixo teor de sódio durante três meses e depois passaram para a alimentação oposta por mais três meses. A ingestão de alimentos, peso corporal, ingestão de água, diurese, densidade urinária, excreção de minerais pela urina, pressão arterial, composição corporal, densidade mineral óssea, eletrocardiograma, aparência da retina, hemograma completo, bioquímico sérico e concentração hormonal (hormônio antidiurético, renina e aldosterona) foram monitorados em todos os gatos durante o estudo. A ingestão de água e o volume urinário aumentaram nos gatos que comeram dietas com níveis altos de sódio (AS) comparado com os que comeram dieta com baixo sódio (BS). Houve uma redução significativa da densidade urinária específica em resposta à ingestão da dieta AS.

Gatos com a função renal debilitada foram incapazes de diluir ou concentrar a urina em resposta às mudanças de ingestão de sódio. O tratamento dietético não afetou a média da pressão arterial sistólica ou diastólica. A alta ingestão de sódio aumentou o trabalho cardíaco sistólico (aumento significativo na % da fração do músculo cardíaco) em gatos saudáveis, diminuiu a aldosterona plasmática nos gatos saudáveis, obesos e idosos, e aumentou a excreção urinária de cálcio em gatos com doença renal pré-existente. Além disso, nos gatos com doença renal, os altos níveis de sódio resultaram no aumento da concentração sérica de uréia nitrogenada, fósforo e creatinina sugerindo progressão da deterioração da função renal.

Esse estudo indica que existe uma população de gatos que é prejudicialmente afetada pelas dietas ricas em sódio. Os efeitos mais marcantes foram observados no aumento das concentrações da ureia nitrogenada sérica, creatinina e fósforo nos gatos com a função renal debilitada. O aumento progressivo desses metabólitos circulantes indica que os mecanismos adaptativos normais, que os gatos saudáveis, obesos e idosos foram capazes de usar para superar a carga do aumento de sódio nos rins, não foram eficazes em gatos com insuficiência renal.

Esse efeito negativo do consumo de sal foi independente de qualquer efeito mensurável sobre a pressão arterial sistêmica. Foi relatado anteriormente que o aumento de sódio na dieta leva à lesão renal funcional sem afetar a hipertensão arterial. Além da progressão da deterioração da função renal e o aumento do trabalho sistólico, esse estudo mostra que a dieta rica em sódio está associada à elevação da excreção urinária de cálcio em gatos com a função renal debilitada. A descoberta do aumento da excreção de cálcio, apesar da diluição da urina em gatos com a função renal debilitada, pode explicar a ocorrência comum de nefrolitíase de oxalato de cálcio em gatos com doença renal.

Deve-se tomar cuidado com alimentos ricos em sódio que são usados por longos períodos (alimentos para manutenção), especialmente porque aparentemente os gatos saudáveis podem apresentar um grau significativo de disfunção renal, que não é detectado na triagem bioquímica de rotina. Portanto, os riscos associados com a alimentação com altos níveis de sódio parecem superar os benefícios relacionados com o aumento da diurese.

O efeito de alimentos ricos em sódio em gatos com doença renal

Um estudo apresentado no ACVIM, em maio de 2012, apresentou os efeitos negativos da alimentação com uma dieta seca contendo 1,1% de sódio como administrado (1,19% MS) versos uma dieta seca com 0,35% de sódio como administrado (0,37% MS), durante um período de 3 meses3:

Gatos alimentados com dietas com altos teores de sódio apresentaram significantes alterações hemodinâmicas

A dieta com alto teor de sódio causou aumento da fração de encurtamento do ventrículo esquerdo e baixos níveis plasmáticos de aldosterona – a ingestão elevada de sódio leva a uma sobrecarga renal e cardíaca.

A ingestão elevada de sódio acelerou a progressão da doença renal não detectada

A dieta com alto teor de sódio causou deterioração da função renal evidenciada pelo aumento significativo e progressivo dos níveis de ureia nitrogenada (SUN), creatinina e fósforo séricos. Isso indica que, alimentar gatos aparentemente saudáveis (doença renal inicial) com dietas com alto níveis de sódio pode acelerar o declínio da função renal.

Evitando o excesso de sódio em animais saudáveis e doentes

animais saudáveis: Antes dos sinais clínicos da doença renal ou hipertensão aparecerem, é prudente, do ponto de vista médico, evitar o excesso de sódio nas dietas de animais sadios.

animais doentes: Devido à relação causal entre os altos níveis de sódio na dieta, hipertensão e outras doenças, níveis restritos de sódio são recomendados para animais afetados ou propensos a doenças renais, cardíacas e endócrinas.

Conclusão

O estudo apresentado no ACVIM demonstrou que alimentos com 1,19% de sódio (matéria seca) podem afetar negativamente os gatos. Ele ressalta a importância de limitar o sódio na dieta ao longo da vida do animal, especialmente na vida senil, quando a função dos órgãos começa a diminuir e o risco de doenças “ocultas” (não detectadas) aumenta.

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