Dirofilariose Canina - Ciclo Biológico (Verme do Coração)
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(Verme do coração)
A Dirofilariose, também chamada “doença do verme do coração”, é uma antropozoonose emergente de cães, de caráter crônico, causada por nematódeos da espécie Diro laria immitis, sendo transmitida por uma variedade de mosquitos, tais como: Culex, Aedes, Anopheles e Ochlerotatus.
A literatura aponta a existência de mais de 70 espécies de mosquitos que transmitem o parasita no mundo. No Brasil, apesar de não ser o primeiro vetor, a alta densidade do Aedes aegypti aumenta o risco de transmissão da Dirofilariose pela espécie.
O mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e do chikungunya para humanos, pode picar também os cães, transmitindo a Dirofilariose.
A maioria dos animais infectados não exibe sintomas clínicos ou alterações laboratoriais. No entanto, alguns animais desenvolvem a doença clínica, que pode variar desde sinais discretos como perda de peso ou intolerância a exercícios, a condições sistêmicas graves, podendo apresentar di culdade respiratória, tosse, epistaxe, hemoptise, ascite, sopro cardíaco e anorexia.
Após o Aedes aegypti contaminado picar e transmitir a microfilária, a D. immitis se desenvolve na artéria pulmonar do cão e, secundariamente, no ventrículo direito. Quase sempre forma um enovelado que compreende inúmeros parasitas. Em infecções mais intensas e duradouras, as filárias vivas ou mortas causam estenose dos vasos pulmonares e dificultam o fluxo sanguíneo. Por esse motivo, o tratamento adulticida de cães com dirofilariose é complexo, podendo ocorrer complicações como o tromboembolismo pulmonar e consequente morte do animal.
Além disso, o único adulticida de escolha para eliminar vermes adultos aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration, EUA) não está disponível no Brasil, fazendo com que o tratamento seja difícil e dispendioso. Em algumas situações, a alternativa é tratar com ivermectina em doses maiores (50 μg/kg/VO, promovendo eliminação rápida, ou 6 a 12 μg/kg/VO, com eliminação gradativa).
Por esse motivo, a melhor maneira de manter o cão saudável é protegendo-o da doença durante todo o ano.
A ivermectina em doses profiláticas garante a eliminação de larvas, além de reduzir a microfilaremia e impedir o desenvolvimento de vermes imaturos.
Outras formas de prevenção são com a utilização de inseticidas caninos e com a eliminação de criadouros do Aedes aegypti, o que impede que o mosquito cause danos aos animais e humanos.