Diarreias em cães e gatos causadas por protozoários

Empresa

Ourofino

Data de Publicação

24/03/2017

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Introdução

Infecções gastrointestinais causadas por protozoários dos gêneros Isospora e Giardia, apresentam elevada incidência em filhotes de cães e gatos, principalmente naqueles que vivem em ambientes confinados, em instalações com falta de higiene e em condições de superlotação, sendo a diarreia o principal sinal clínico.

O tratamento é baseado na administração de antibióticos, vermífugos, probióticos e outros medicamentos que tratem os sintomas.


O ambiente também deve ser higienizado com a ajuda de produtos desinfetantes e os animais doentes devem ser mantidos isolados dos animais sadios, evitando assim, as reinfecções.

Epidemiologia

O gênero Isospora, que também é conhecido por Cystoisospora, apresenta a prevalência de 4% a 39% em cães, sendo a espécie C. canis a mais encontrada.

Em gatos a infecção acomete aproximadamente 70% dos animais e a C. rivolta é considerada a espécie mais prevalente.

Estudos revelam que 10-20% dos animais bem tratados são acometidos por protozoários do gênero Giardia, sendo que a maior prevalência ocorre em animais jovens 20-50%, em canis este índice pode chegar a 100%.

No Brasil a prevalência de Giardia em cães varia de 32-80% dependendo da região e em gatos a prevalência é de 1,4 a 11%.

Etiologia e Características

A isosporose e a giardíase são infecções causadas por protozoários e que apresentam patogenia semelhante, onde em ambos os casos, a contaminação ocorre através da ingestão de cistos (“ovos”) de protozoários que foram eliminados nas fezes dos animais infectados e que estão presentes no meio ambiente, na água, nos alimentos; ou ainda pela ingestão de cistos aderidos à pelagem dos animais.

Estas formas se tornam infectantes no ambiente em condições adequadas de umidade, temperatura e oxigenação. Os protozoários infectam a parede intestinal e provocam a destruição do epitélio, causando sangramento e agravando o quadro de parasitismo, podendo levar a infecções secundárias por bactérias oportunistas.

Há casos em que não há manifestação clínica, porém no geral, os sinais clínicos apresentados pelos animais em quadros de isosporose e giardíase são diarreia com muco e sangue, vômito, desidratação, anorexia, anemia, apatia e morte nos casos mais graves, principalmente em animais jovens.

Diagnóstico

O diagnóstico da isosporose deve ser baseado no histórico clínico do animal, na sintomatologia, na detecção de oocistos do parasita nas fezes, bem como através da avaliação de lesões macro e microscópicas e na presença de formas endógenas do parasito em esfregaços e cortes histológicos da mucosa intestinal.

Para os casos de giardíase, os métodos de diagnóstico são relativamente simples e baratos, podendo ser realizados através de um exame direto das fezes ou pelo método de flutuação em sulfato de zinco.patologias envolvidas em quadros clínicos de dor.

Sugestão de Tratamento

Para os casos de giardíase, os métodos de diagnóstico são relativamente simples e baratos, podendo ser realizados através de um exame direto das fezes ou pelo método de flutuação em sulfato de zinco.

O tratamento da isosporose varia de acordo com a espécie afetada, no caso de cães e gatos, os medicamentos a base de sulfa e suas associações são indicadas, como por exemplo, a composição de Sulfadimetoxina-Ormetoprim na dose de 200 mg/kg, onde sabe-se que o ativo Sulfadimetoxina atua na supressão da eliminação de oocistos além de limitar o quadro de diarreia associado a infecção por isosporose.

É importante que não só o animal doente seja incluído no tratamento, mas sim todos os animais que estejam em contato com ele, por apresentarem um alto risco de infecção.

Dentre os protocolos de tratamento contra giárdia, o uso da combinação dos ativos Praziquantel (5 mg/kg), Pamoato de Pirantel (14,4 mg/kg), Febantel (15 mg/kg) e Ivermectina (0,006 mg/kg), administrados por via oral a cada 24 h, durante 3 dias consecutivos, se mostra eficaz na redução da liberação de cistos em cães infectados.

A utilização de Probióticos também é considerada uma opção a ser incluída no protocolo de tratamento das infecções gastrointestinais, onde tais microrganismos vivos como Lactobacillus, Bifidobacterium e Enterococcus presentes na composição do produto, irão atuar competindo com os patógenos externos (ex. protozoários) por receptores celulares e nutrientes, além de auxiliar na modulação da resposta imunológica do animal.

Para o controle e a prevenção da isosporose recomenda-se que seja realizado o isolamento dos animais doentes, a fim de evitar o contato dos mesmos com animais sadios; também é indicada a remoção das fezes frescas do ambiente, mantendo os locais de manutenção, comedouros e bebedouros sempre limpos e secos, além de evitar a superpopulação em canis e gatis.

Nos casos de giardíase, medidas realizadas para a limpeza e desinfecção do ambiente, com o objetivo de reduzir a carga ambiental de cistos devem incluir a remoção das fezes e de toda a matéria orgânica do local, seguida pela eficaz desinfecção das superfícies com o uso de produto à base de Amônia Quaternária, ativo que irá atuar na inativação dos cistos no ambiente impedindo assim a reinfecção dos animais.