Glutamina no Suporte de Diversos Tratamentos

Empresa

Mundo Animal

Data de Publicação

30/07/2018

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A L-glutamina (ou apenas glutamina) é o aminoácido livre mais abundante no plasma e no tecido muscular. Nutricionalmente é classificada como um aminoácido não essencial, uma vez que pode ser sintetizada pelo organismo a partir de outros aminoácidos.

Duas enzimas são responsáveis pela síntese de glutamina a partir do glutamato ou por sua degradação, também em glutamato.

A glutamina sintetase é uma aminotransferase amplamente distribuída entre os organismos vivos, sendo sua atividade fundamental para a manutenção da vida de microrganismos e de animais, sendo atribuídas diferentes funções as ações da glutamina sintetase.

No cérebro, é utilizada como um importante agente na redução da concentração de amônia, com consequente desintoxicação e síntese de glutamina para nova síntese de glutamato.

No pulmão e no musculoesquelético, é responsável pela manutenção da concentração de glutamina plasmática, sendo essencial em situações patológicas ou de estresse. Nos rins, a glutamina sintetase é imprescindível para o controle do metabolismo do nitrogênio e manutenção do pH no organismo.

A glutaminase é a enzima que catalisa a hidrolise de glutamina em glutamato e íon amônio. Em mamíferos, a glutaminase pode ser encontrada sob duas isoformas, uma (menos abundante) no fígado e outra nos demais tecidos, tais como rins, cérebro, leucócitos e trato gastrintestinal.

Contudo, a sua forma mais ativa apresenta-se principalmente nas mitocôndrias. Dentre suas muitas funções, ela atua como geradora de energia, construtora e conservadora muscular e, no campo do sistema imune, ela tem importante papel no combate a infecções e beneficia a saúde ou função intestinal através de uma melhor absorção de nutrientes, exercendo papel como reguladora da permeabilidade/barreira intestinal.

A glutamina tem evidenciada ação sobre a suplementação para disbiose intestinal, sendo um dos principais nutrientes para manter a função de barreira ou permeabilidade intestinal em animais.

Neste quesito, conforme a revisão, a sua depleção resulta em atrofia de vilosidades, diminuição da expressão de proteínas de junções firmes ou oclusivas e aumento da permeabilidade intestinal.

As vilosidades intestinais ampliam a área de contato, assim aumentando a absorção dos nutrientes após a digestão. Uma barreira intestinal intacta protege o organismo humano contra a invasão de microrganismos e toxinas, mas por outro lado, esta barreira deve estar aberta para absorver fluidos e nutrientes essenciais.

Maltodextrina é um carboidrato complexo, proveniente da conversão enzimática do Amido do Milho que fornece energia. Sua absorção pelo organismo é gradativa e lenta, pois contém polímeros de dextrose, sendo assim, estes polímeros acabam sendo metabolizados lentamente, o que faz com que ela forneça energia por mais tempo, pois vai liberando a glicose gradualmente no sangue, evitando picos glicêmicos.

Além de não inflamar o organismo, por isso, pode ser usado com segurança em pacientes diabéticos, e para qualquer alteração, como uma diarreia por exemplo.

Aminoácidos de cadeia ramificada (valina, leucina e isoleucina) oferecem suporte muscular, sendo necessárias em animais com sarcopenia por exemplo.

Constituídas por cadeias de aminoácidos, além de servirem de substrato energético para o crescimento e desenvolvimento do organismo, as proteínas também desempenham funções diversas como a regulação do metabolismo, transporte de nutrientes, catalisadores naturais, defesa imunológica, receptores de membranas, dentre outras.

Quando não usadas imediatamente pelo organismo para a síntese de outras proteínas ou tecidos, são importantes no fornecimento de energia para outras funções orgânicas.

A L-leucina sempre se destacou sendo a mais importante do que os outros dois aminoácidos de cadeia ramificada, porque sua taxa de oxidação é maior, liberando precursores como alanina a partir do músculo esquelético, estimulando a síntese protéica em maior quantidade que os demais aminoácidos.

A leucina tem sido investigada por ser estimuladora da síntese de proteínas no músculo e está intimamente associada com a liberação de precursores gliconeogênicos.

A leucina é citada por diversos autores como sendo uma estratégia terapêutica capaz de evitar a atrofia muscular em diversas situações, como doenças musculares, sepse e câncer.

Como a L-valina constitui cerca de 70% das proteínas presentes no corpo, ela pode ajudar não só na hipertrofia muscular, como também no metabolismo do sistema nervoso.

As vitaminas do complexo B (Tiamina, riboflavina, niacina, ácido pantotênico, biotina, piridoxina, folato e cobalamina) em conjunto, atuam com as enzimas para fazer a quebra dos carboidratos e gorduras em energia.

Além disso, participam na síntese de novas proteínas, apoio ao sistema imunológico e digestivo, manutenção da saúde dos sistemas neurológico e muscular, e participação no crescimento celular.

As vitaminas do Complexo B também contribuem para a manutenção da saúde da pele, pelos e unhas. Além disso, o ácido fólico, em combinação com as vitaminas B6 e B12, mantém os níveis de homocisteína saudáveis, uma condição boa para o coração e sistema circulatório.

O sinergismo desses componentes, auxiliam no suporte de animais diabéticos, no suporte de animais com necessidades nutricionais aumentadas e otimização de nutrientes. No suporte durante a gestação, lactação, crescimento, estresse, exposições, animais com anorexia, verminoses, para a integridade intestinal, integridade imunológica, desnutrição, queda de pelos, entre outros.

Dra. Jéssica Moreira
Médica Veterinária
CRMV-SP 35.614