Leishmaniose - saiba mais sobre a importância do diagnóstico e prevenção
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A Leishmaniose é uma zoonose causada por protozoário do gênero Leishmania. Tem distribuição ampla e crescente em todas as regiões do Brasil. A transmissão é feita principalmente pela picada de flebotomíneos infectados do gênero Lutzomyia, popularmente conhecidos como mosquito-palha, que albergam o parasita em seu trato digestivo.
O ciclo da enfermidade se perpetua quando o vetor, ao picar um animal doente, adquire o protozoário. Este se desenvolve e completa seu ciclo, tornando-se infectante. Ao se alimentar picando um animal ou ser humano, o vetor transmite o parasita. Outras formas de transmissão são: transmissão congênita, coito e transfusão sanguínea.
A doença não tem sinais patognomônicos. Animais podem se apresentar assintomáticos ou sintomáticos e as manifestações clínicas podem aparecer aleatoriamente, além de variarem em cada animal e estágio da doença.
Os sinais clínicos podem ser: alopecia periocular bilateral, anorexia, emagrecimento progressivo, caquexia, feridas de difícil cicatrização, alterações comportamentais, anemia, onicogrifose (crescimento exagerado das unhas) e linfadenomegalia.
O diagnóstico clínico da Leishmaniose não é um método preciso, visto que não existem sinais patognomônicos. Sendo assim, exames laboratoriais de rotina, de triagem e confirmatórios são necessários em casos de suspeita da doença, principalmente em áreas endêmicas.
Atualmente, testes sorológicos rápidos, realizados na própria clínica, são interessantes. Casos positivos devem ser melhor investigados por meio de exames laboratoriais, como Ensaio Imunoenzimático (teste ELISA) e RIFI (Reação de Imunofluorescência Indireta). O PCR Real Time também pode ser requerido nos casos inconclusivos.
O uso de coleiras impregnadas com inseticidas específicos para a eliminação do flebotomíneo já foi comprovado como o melhor método de controle e prevenção da Leishmaniose em cães. Animais não infectados devem ser encoleirados e vacinados para que a probabilidade de adquirirem a doença seja reduzida.
Caso o cuidador opte por apenas um método de proteção, deve ser orientado ao encoleiramento, pois a vacina não impede que o animal seja picado. Cães infectados que estão em tratamento também devem ser encoleirados para que não transmitam a doença para outros animais e seres humanos.
As larvas do mosquito-palha se desenvolvem em matéria orgânica, por isso, a limpeza constante dos quintais das residências e a remoção de lixo, fezes, folhas e frutas em decomposição tornam-se fundamentais. Além disso, instalar telas nas portas e janelas e utilizar inseticidas ambientais também contribue para o combate ao mosquito vetor.
A opção pelo tratamento da Leishmaniose deve considerar parâmetros ligados à condição clínica do paciente e a participação consciente do proprietário, incluindo os custos advindos.