Acetato de Desmopressina
Sobre
Aviso
Este medicamento pode ser encontrado em apresentações de uso humano, porém com literatura técnica que baseia seu uso na medicina veterinária. O uso de suas informações é de responsabilidade do médico veterinário.
Princípio(s) Ativo(s)
Receita
Receita Simples
Armazenamento
Deve ser armazenado refrigerado (entre 2°C e 8°C). Não Congelar. Conservar o frasco sempre bem fechado.
Apresentações e concentrações
Apresentações e concentrações
- - Acetato de Desmopressina 0,2 mg, comprimido
- - Acetato de Desmopressina 0,1 mg/mL, solução nasal
- - Acetato de Desmopressina 0,1mg, comprimido
- - Acetato de Desmopressina 4 mcg/mL, solução injetável
Indicações e contraindicações
Indicações
O acetato de desmopressina é um análogo sintético do hormônio natural, a arginina vasopressina (hormônio
antidiurético)que possui mei-vida maior (ação de 10 a 24hrs) que o equivalente natural (SPINOSA, 2006). Utilizado para o diagnóstico e tratamento para Diabete Insípidu Central (DIC) (SCHMIDT,2009). Usado também como adjuvante no tratamento de choque com hipotensão persistente.
Contraindicações / precauções
Contraindicado para pacientes com insuficiência renal, insuficiência cardíaca, hiponatremia grave.
Diabetes insipidus nefrogênico: O acetato de desmopressina não é eficaz no tratamento do diabetes insipidus nefrogênico, uma forma de diabetes insipidus que ocorre devido a uma disfunção nos rins. Nesses casos, o medicamento não terá o efeito desejado e pode não ser indicado.
Efeitos adversos
Pode ocorrer irritação ocular quando administrada através de solução oftálmica.
Reprodução, gestação e lactação
Não há relatos de que a desmopressina estimule contrações uterinas ou outros efeitos negativos em animais gestantes porém deve ser usado com cautela.
Superdosagem
O uso excessivo desse medicamento pode levar à retenção de líquido e hiponatremia.
Administração e doses
Via(s)
- IV
- Intranasal
- Oftálmica
- SC
Videos da(s) via(s)
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Frequência de utilização
Solução Intranasal ou Oftálmica: 12 / 12 ou 24 / 24 horas.
Diagnóstico e Tratamento da DIC (IV ou SC): 12 / 12 ou 24 / 24 horas.
Dosagem indicada
Doses - Cães
Solução Intranasal ou Oftálmica
2 - 4 gota / animal
Diagnóstico e Tratamento da DIC (IV ou SC)
0,5 - 2 mcg / animal
CRI
1 - 4 microunidade / kg/min
Observações
Dada a facilidade, é comumente utilizada via oftalmológica.
CRI: Choque.
Interações medicamentosas
Adrenalina
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Diminuição do efeito antidiurético da Vasopressina
Conduta - Ajustar dose
Antidepressivos tricíclicos
Tipo de interação - Sinergismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Aumento do efeito diurético da Vasopressina
Conduta - Ajustar dose
Carbamazepina
Tipo de interação - Sinergismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Aumento do efeito diurético da Vasopressina
Conduta - Ajustar dose
Clorpropamida
Tipo de interação - Sinergismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Aumento do efeito diurético da Vasopressina
Conduta - Ajustar dose
Fludrocortisona
Tipo de interação - Sinergismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Aumento do efeito diurético da Vasopressina
Conduta - Ajustar dose
Heparina
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Diminuição do efeito antidiurético da Vasopressina
Conduta - Ajustar dose
Lítio
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Diminuição do efeito antidiurético da Vasopressina
Conduta - Ajustar dose
Uréia
Tipo de interação - Sinergismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Aumento do efeito diurético da Vasopressina
Conduta - Ajustar dose
Aviso Legal - Interações Medicamentosas
O Aplicativo Vetsmart contém informações de interação medicamentosas em geral, que foram levantadas por pesquisa realizada pelo próprio Vetsmart, de modo que as informações médicas e sobre medicamentos não é um aconselhamento médico veterinário e não deve ser tratado como tal. Portanto, a Vetsmart não garante nem declara que a informação sobre tratamentos médicos veterinários ou interações medicamentosas do Aplicativo Vetsmart: (A) estará constantemente disponível, ou disponíveis a todos; ou (B) são verdadeiras, precisas, completas, atuais ou não enganosas.
Farmacologia
Farmacodinâmica
A farmacodinâmica do acetato de desmopressina em uso veterinário está relacionada ao seu efeito antidiurético, ou seja, sua capacidade de reduzir a diurese e aumentar a reabsorção de água nos rins. A desmopressina possui afinidade seletiva pelos receptores de vasopressina tipo 2 (V2) presentes nas células tubulares renais.
Quando administrada, a desmopressina se liga aos receptores V2 e ativa a adenilato ciclase, resultando em um aumento dos níveis intracelulares de AMP cíclico (cAMP). Esse aumento do cAMP estimula a inserção de canais de água, conhecidos como aquaporinas, nas células tubulares renais. A presença dessas aquaporinas aumenta a permeabilidade à água nos túbulos renais, facilitando a reabsorção de água de volta para a circulação sanguínea.
O resultado desse mecanismo de ação é uma redução na produção de urina e um aumento na concentração de urina, contribuindo para o equilíbrio hídrico do organismo. Esse efeito antidiurético é especialmente útil no tratamento de distúrbios como o diabetes insipidus central em cães e gatos, onde há uma deficiência na produção ou ação do hormônio antidiurético endógeno.
Farmacocinética
Absorção: O acetato de desmopressina pode ser administrado por via oral, intranasal ou parenteral, dependendo da formulação disponível. A absorção oral do medicamento pode ser variável em diferentes espécies animais. A administração intranasal geralmente resulta em uma rápida absorção através das membranas mucosas nasais.
Distribuição: Após a absorção, o acetato de desmopressina é distribuído pelo organismo. Ele se liga às proteínas plasmáticas em uma proporção variável, dependendo da espécie animal. O medicamento atravessa a barreira hematoencefálica, permitindo que exerça seu efeito no sistema nervoso central.
Metabolismo: O acetato de desmopressina é metabolizado principalmente no fígado. O metabolismo ocorre principalmente por degradação enzimática, incluindo a ação da enzima vasopressinase. A vasopressinase é uma enzima que ocorre naturalmente no organismo e degrada a desmopressina. A resistência à degradação pela vasopressinase é uma característica importante do acetato de desmopressina, o que contribui para sua ação prolongada.
Eliminação: A eliminação do acetato de desmopressina ocorre principalmente pelos rins. A meia-vida de eliminação pode variar dependendo da espécie animal e da via de administração. Em algumas espécies, como cães e gatos, a meia-vida pode ser relativamente curta, enquanto em outras espécies pode ser mais prolongada.
É importante considerar que a farmacocinética do acetato de desmopressina pode ser influenciada por fatores individuais, como a função renal do animal. Em animais com comprometimento renal, pode ser necessário ajustar a dose e a frequência de administração do medicamento.
Considerações laboratoriais
A desmopressina, ao contrário da vasopressina, não estimula a liberação do hormônio adrenocorticotrófico, nem
aumenta as concentrações plasmáticas de cortisol. Doses terapêuticas de desmopressina não afetam diretamente as concentrações séricas de sódio, potássio ou creatinina e a excreção urinária de sódio ou potássio.
Efeitos adversos
Pode ocorrer irritação ocular quando administrada através de solução oftálmica.
Reprodução, gestação e lactação
Não há relatos de que a desmopressina estimule contrações uterinas ou outros efeitos negativos em animais gestantes porém deve ser usado com cautela.
Superdosagem
O uso excessivo desse medicamento pode levar à retenção de líquido e hiponatremia.
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Referências bibliográficas
BORGHERESI, R. A. M. B. Peptídeos: angiotensinas, endotelinas e cininas. In: SPINOSA H. S. et al. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
SCHMIDT, C. Diabete insípido central em um cão. Cienc. Rural, Santa Maria, v. 39, n. 3, p. 922-925, June 2009
SPINOSA, Helenice de Souza, Silvana Lima Górniak, and Maria Martha Bernardi. "Farmacologia aplicada à medicina veterinária." (2017). DC, Plumb. Plumb’s veterinary drug handbook, (2017).
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