Marbofloxacina
Sobre
Aviso
Este medicamento pode ser encontrado em apresentações de uso humano, porém com literatura técnica que baseia seu uso na medicina veterinária. O uso de suas informações é de responsabilidade do médico veterinário.
Princípio(s) Ativo(s)
Receita
Controle Especial - Humano
Armazenamento
Conservar em local seco, entre 5°C e 30°C, ao abrigo da luz solar direta e fora do alcance de crianças e animais domésticos.
Apresentações e concentrações
OPÇÕES VETERINÁRIAS COM Marbofloxacina
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Princípio(s) Ativo(s): MarbofloxacinaEmpresa: Vetoquinol
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Princípio(s) Ativo(s): MarbofloxacinaEmpresa: Animalia Farma - Farmácia de Manipulação Veterinária
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Princípio(s) Ativo(s): MarbofloxacinaEmpresa: Ceva
Apresentações e concentrações
- - Marbofloxacina 82,5 mg, comprimido (10 un)
- - Marbofloxacina 100 mg, comprimido
- - Marbofloxacina 50 mg, comprimido
- - Marbofloxacina 25 mg, comprimido
- - Marbofloxacina 200 mg, comprimido
- - Marbofloxacina 27,5 mg, comprimido (10 un)
Indicações e contraindicações
Indicações
Marbofloxacina é um antibiótico com ação contra bactérias gram-negativas e algumas gram-positivas. E. coli, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus e epidermidis, Pasteurella multocida, Proteus mirabilis, Mycoplasma spp. E Rickettsia ricketsii. As fluoroquinolonas são indicadas para o tratamento de infecções no trato genito-urinário, incluindo prostatite, infecções dérmicas e infecções respiratórias em cães (VIEIRA & PINHEIRO, 2004). Além de gastroenterite bacteriana grave, otite, osteomielite, meningoencefalites e endocardites causadas por estes microorganismos (GÓRNIAK, 2006).
Contraindicações / precauções
Deve-se evitar o uso desta substância em animais jovens, porque pode causar lesão na cartilagem (VIEIRA & PINHEIRO, 2004). Evitar o uso em animais de pequeno e médio porte nos primeiros oito meses de vida (ANDRADE et al., 2002), e em cães de raças grandes e gigantes durante os primeiros 18 meses (BOOTHE & HOSKINS, 1997). É contra-indicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade a quinolonas.
Efeitos adversos
Ocasionalmente pode causar náuseas, vômito e diarreia. Todas as fluorquinolonas podem causar artropatia em animais jovens. Cães de 4-28 semanas de idade são mais sensíveis. Em cães tratados prolongadamente com quinolonas, tem-se relatado alterações da espermatogênese e/ou atrofia testicular.
Reprodução, gestação e lactação
A segurança do uso em animais gestantes não foi estabelecida, sendo assim sua utilização é contra-indicada nessa situação.
Superdosagem
Altas concentrações podem causar toxicidade no SNC, especialmente em animais com insuficiência renal (VIEIRA & PINHEIRO,2004).
Administração e doses
Via(s)
- Oral
Videos da(s) via(s)
Videos da(s) via(s)
Frequência de utilização
24 / 24 horas
Dosagem indicada
Doses
Dosagem para Cães e Gatos
Recomendado
2,75 - 5,5 mg / kg
Interações medicamentosas
Anticoagulantes
Tipo de interação - Sinergismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado dos Anticoagulantes, com risco de sangramento
Conduta - Evitar o uso
Ciclosporina
Tipo de interação - Toxicidade
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Nefrotoxicidade
Conduta - Evitar o uso
Clindamicina
Efeito Clínico - Sinergismo contra microorganismos anaeróbios
Cloranfenicol
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuido de ambas as subst.
Conduta - Ajustar dose
Hidróxido de Alumínio
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuido da Marbofloxacina
Mecanismo de ação - Diminuição da absorção
Hidróxido de Magnésio
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuido da Marbofloxacina
Mecanismo de ação - Diminuição da absorção
Metilxantina
Tipo de interação - Toxicidade
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Neurotoxicidade
Conduta - Evitar o uso
Nitrofurantoína
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuido da Marbofloxacina
Conduta - Incompatível
Probenecida
Tipo de interação - Sinergismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da Marbofloxacina
Mecanismo de ação - Inibição da secreção tubular da marbofloxacina
Conduta - Ajustar dose
Sucralfato
Tipo de interação - Antagonismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico diminuido da Marbofloxacina
Mecanismo de ação - Diminuição da absorção
Conduta - Intervalo de 2 horas entre as medicações
Teofilina
Tipo de interação - Sinergismo
Grau de interação - Moderado
Efeito Clínico - Efeito terapêutico aumentado da Teofilina
Conduta - Evitar o uso
Aviso Legal - Interações Medicamentosas
O Aplicativo Vetsmart contém informações de interação medicamentosas em geral, que foram levantadas por pesquisa realizada pelo próprio Vetsmart, de modo que as informações médicas e sobre medicamentos não é um aconselhamento médico veterinário e não deve ser tratado como tal. Portanto, a Vetsmart não garante nem declara que a informação sobre tratamentos médicos veterinários ou interações medicamentosas do Aplicativo Vetsmart: (A) estará constantemente disponível, ou disponíveis a todos; ou (B) são verdadeiras, precisas, completas, atuais ou não enganosas.
Farmacologia
Farmacodinâmica
A marbofloxacina é um agente bactericida que demonstra atividade dependente da concentração. Bactérias suscetíveis podem sofrer morte celular dentro de 20 a 30 minutos após a exposição. Assim como outras fluoroquinolonas, a marbofloxacina exibe um efeito pós-antibiótico significativo tanto em bactérias gram-negativas quanto gram-positivas, sendo ativa nas fases estacionária e de crescimento da replicação bacteriana.
Embora o mecanismo de ação da marbofloxacina não seja completamente compreendido, acredita-se que ela atue inibindo a DNA-girase bacteriana, uma topoisomerase do tipo II, o que impede o superenrolamento do DNA e a síntese de DNA.
A marbofloxacina apresenta um espectro de atividade semelhante ao de outros medicamentos veterinários disponíveis comercialmente. Esses agentes demonstram boa atividade contra uma ampla variedade de bacilos e cocos gram-negativos, incluindo a maioria das espécies e cepas de Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella spp., E. coli, Enterobacter, Campylobacter, Shigella, Salmonella, Aeromonas, Haemophilus, Proteus, Yersinia spp., Serratia e Vibrio. Além disso, são suscetíveis a esses agentes Brucella spp., Chlamydia trachomatis, Staphylococci (incluindo cepas produtoras de penicilinase e resistentes à meticilina), Mycoplasma e Mycobacterium spp. (exceto o agente etiológico da doença de Johne).
No entanto, as fluoroquinolonas apresentam atividade variável contra a maioria dos estreptococos e geralmente não são recomendadas para o tratamento dessas infecções. Além disso, possuem atividade fraca contra a maioria dos anaeróbios e são ineficazes no tratamento de infecções anaeróbias.
A resistência à marbofloxacina ocorre principalmente por mutação, especialmente em bactérias como Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumonia, Acinetobacter e Enterococci. Acredita-se que a resistência mediada por plasmídeo seja uma ocorrência rara.
Farmacocinética
A marbofloxacina é rapidamente absorvida em cães após administração oral, com uma biodisponibilidade de 94%. Os níveis plasmáticos máximos são atingidos em cerca de 1,5 horas. A ligação às proteínas é baixa e o volume aparente de distribuição é de 1,2-1,9 L/kg. A meia-vida de eliminação média é de 9 a 12 horas. A droga é excretada inalterada na urina (40%) e nas fezes/bile. Apenas cerca de 15% de uma dose é metabolizada no fígado.
Em gatos, a absorção da marbofloxacina após administração oral é quase completa, e os níveis séricos atingem o pico em cerca de 1 a 2 horas após a dose. A meia-vida de eliminação terminal é de aproximadamente 13 horas.
No caso de insuficiência renal, não há uma alteração significativa nos requisitos de dosagem da marbofloxacina.
Considerações laboratoriais
Tem-se relacionado o aparecimento de cristalúria em animais com urina alcalina e tratados com fluorquinolonas; portanto, quando o uso destes antimicrobianos for prolongado, recomenda-se hidratação adequada e acidificação da urina.
Efeitos adversos
Ocasionalmente pode causar náuseas, vômito e diarreia. Todas as fluorquinolonas podem causar artropatia em animais jovens. Cães de 4-28 semanas de idade são mais sensíveis. Em cães tratados prolongadamente com quinolonas, tem-se relatado alterações da espermatogênese e/ou atrofia testicular.
Reprodução, gestação e lactação
A segurança do uso em animais gestantes não foi estabelecida, sendo assim sua utilização é contra-indicada nessa situação.
Superdosagem
Altas concentrações podem causar toxicidade no SNC, especialmente em animais com insuficiência renal (VIEIRA & PINHEIRO,2004).
Monitoramento
Pacientes com insuficiência renal devem ser monitorados para acompanhar o aparecimento de cristalúria, hematúria ou nefrite intersticial.
Estudos
Não há nenhum estudo relacionado à este produto.
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Referências bibliográficas
ANDRADE, S.F. Drogas que atuam no sistema nervoso periférico. In: Andrade SF. Manual de terapêutica veterinária. 2. ed. São Paulo: Roca, 2002. p.401-429.
BOOTHE D.M.; HOSKINS J.D. Terapia com drogas e com componentes sangüineos. In: Hoskins JD. Pediatria veterinária: cães e gatos do nascimento aos seis meses. 2. ed. Rio de Janeiro: Interlivros, 1997. p.33-48.
DC, Plumb. Plumb’s veterinary drug handbook, (2017).
GÓRNIAK, S. L. Quimioterápicos. In: SPINOSA H. S. et al. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
LAPPIN, M. R. Quimioterapia antimicrobiana prática. In: NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Medicina interna de pequenos animais. Tradução: Aline Santana da Hora. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010
SPINOSA, Helenice de Souza, Silvana Lima Górniak, and Maria Martha Bernardi. "Farmacologia aplicada à medicina veterinária." (2017).
VIEIRA, F. C.; PINHEIRO, V. A. Monografias farmacêuticas. In: VIEIRA, F. C.; PINHEIRO, V. A. Formulário veterinário farmacêutico. 1. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2004
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